Zen

Estudar o caminho de buda
É estudar a si mesmo
Estudar a Si mesmo
É esquecer-se de Si mesmo
Esquecer-se de Si mesmo
É estar iluminado por todas as coisas
Estar iluminado por todas as coisas
É libertar seu próprio corpo e mente
e o corpo e mente dos outros...


Mestre Dogen

Quando Alguém Pergunta, " Qual o Caminho ? " O Zen Responde Simplesmente Caminhe...


mensagem do petrô

texto sobre Ivan Petrovitch

UM "HAIJIN"

Como dizia Cézanne, "a sensibilidade caracteriza o indivíduo e,no seu grau mais elevado,distingue o artista."

Ivan Petrovitch é um verdadeiro artista,que vê as coisas e acontecimentos com olhos amanhecentes,às vezes de criança.

O mundo que as pessoas percebem,no cotidiano apressado,possui outras faces,inéditas,que os haicais de

Ivan captam,em "insights" criativos.

Dois exemplos:

incêndio na mata

galhos secos e retorcidos

ferem os olhos de Deus

são tantas estrelas

neste universo sem fim

cadê minha mãe ?

Impossível não perceber nestes poemas concisos a transcendente iluminação poética(principalmente no se-

gundo,já que se refere a estrelas...)

CLÁUDIO FELDMAN - autor de mais de 47 livros, professor e poeta.

lua

lua

caqui

caqui

chuva

chuva

borboleta

borboleta

12 de jul. de 2008

colares e juras


esquinas e muros
os cortes mais profundos
as giletes e os flertes, olhos da noite
desfilam aos milhares
todas perdidas
abismo, vermelhidão das vulvas

edifícios fálicos
desvirginam os sonhos
apunhalam o céu e as estrelas
pobres meninas
enigma de uma rua esperança
recebem dolares, colares e juras

e entre sussurros e paredes voyeres

libertam seus próprios demônios.


Ivan Petrovitch





vaticínio



eis que vem o dia
levantarão os mortos de suas tumbas
miseráveis,os príncipes das sombras
escombros de mundo antigo e abíguo, soerguem
seres rastejantes, e o que restou do efeito brutal, os homens
indecentes e podres , os dragões reciclados ,lágrimas e súplicas
longa , derradeira a guerra , sombrio e tenebroso inverno
reinarão criaturas, mutações, fim das coisas, o caos
eis que vem o dia, declararemos o fim de toda crença e de toda esperança na terra
nem sombras ou vestígios da civilização humanóide,

o vírus mortal fez a tudo sucumbir

mundo novo, geração dos metamorfos diremos
novo tempo de nóias, geração maldita
tudo é tormento, a chuva negra , o vento ácido
subterrâneas moradas, toscas as casas tumbas , e os ratos aprimorados
explosões, e o céu descerá , sobre todos, fogo

rosas malditas, fogo, o que restou do mundo, baratas piolhos ,moscas,e a noite medonha
raios, trovões, a dor, lamentos, a dor, e as pestes

eis que vem o dia
fim de toda inocência na terra

fim dos desejos circunstanciais,fim dos sonhos de eternidade

o reino das máquinas da morte
acabaram-se os mitos, é o fim dos deuses , os nobres cavaleiros falíveis
profetas, divinas aberrações , glória dos replicantes sem alma
mórbidos e sórdidos

o amargedon



de

Ivan Petrovitch

para 















Tarja Turunen







Estação Paraíso


Esta noite
não será não será uma noite qualquer
as palavras terão vida
cada gesto haverá de traduzir um sentimento
e o encontro de nossos corpos
fará surgir na imensidão do cosmo
uma luz ligeira e linda
luz ligeira e livre
vento vazio e perpétuo
vazio e princípio
vento vazio
Deus

esta noite
não será uma noite qualquer

haverá uma nova estrela no céu...

Ivan Petrovitch




A Season for Paradise

This night
Will not be
Merely any night

Words will spring to life
Each gesture will state
A feeling
And the convergence of our bodies
Will forge in the vastness of the cosmos
A light both fleeting and
Free
Vacant wind eternal
Vacant wind foremost
Vacant wind
God
This night
Will not be
Merely any night
There will be a new star in the heavens…

Ivan Petrovitch





QUASE ESCURO

Oh! Deus
no silêncio deste quarto
quase escuro
sob a luz desta única vela
fico pensando
em milhares de perguntas
que gostaria de te fazer
tu sabes que nunca quis ser
um capacho fiel
destes que se submetem completamente
sem nada questionar
destes que cegamente anunciam
acredito, eu acredito em Deus
pelo contrário
quanto mais cresce a minha
“consciência das coisas”
maior se torna o poço das minhas descrenças
maior se torna o ofício desta minha ousadia
chego a pensar que
esta única luz
neste quarto
quase escuro
não significa, absolutamente, nada
assim como também é vão todo esforço
mas se assim não for
ensina-me a caminhar por um caminho nobre e justo
que os meus olhos possam ver um pouquinho da sua grandeza
que minhas mãos possam tocar a simplicidade
das coisas do eterno
e que minha poesia não seja apenas um ruído
neste quarto
quase escuro
sob a luz
desta única vela...

Ivan Petrovitch




sol da meia noite


é clara
claro que não
é opaco
ou escuro

é branca
marrom
talvez seja negro

alva
outono
o breu

são 

tão pálidos !
ausência e trevas

amanhecer
entardecer
o manto da noite

alegria da vida
silêncio e o tédio
e o medo da foice

Ivan Petrovitch




circo místico

grande é o circo
e tão místico

não sei se me envolvo
ou se de longe
a tudo
assisto


Ivan Petrovitch

4 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom o blog, parabéns.
Poesia linda, e o clip também, perfeito.

Anônimo disse...

gostei pai! TALITA. SUA FILHA

Anônimo disse...

oi, em resposta ao cartão de ontem, to aki conforme prometido!! bacana teu blog!
fique com DEUS
Géssica

Bhall Marcos disse...

Olá meu caro Ivan...
Passando para apreciar o seu belo blog. Gostei dos seus hai-kais! Parabéns.

Se vc quiser, visite o meu blog:


http://abrutaldelicadeza.zip.net/

Abraços

Reflexão



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