Zen

Estudar o caminho de buda
É estudar a si mesmo
Estudar a Si mesmo
É esquecer-se de Si mesmo
Esquecer-se de Si mesmo
É estar iluminado por todas as coisas
Estar iluminado por todas as coisas
É libertar seu próprio corpo e mente
e o corpo e mente dos outros...


Mestre Dogen

Quando Alguém Pergunta, " Qual o Caminho ? " O Zen Responde Simplesmente Caminhe...


mensagem do petrô

texto sobre Ivan Petrovitch

UM "HAIJIN"

Como dizia Cézanne, "a sensibilidade caracteriza o indivíduo e,no seu grau mais elevado,distingue o artista."

Ivan Petrovitch é um verdadeiro artista,que vê as coisas e acontecimentos com olhos amanhecentes,às vezes de criança.

O mundo que as pessoas percebem,no cotidiano apressado,possui outras faces,inéditas,que os haicais de

Ivan captam,em "insights" criativos.

Dois exemplos:

incêndio na mata

galhos secos e retorcidos

ferem os olhos de Deus

são tantas estrelas

neste universo sem fim

cadê minha mãe ?

Impossível não perceber nestes poemas concisos a transcendente iluminação poética(principalmente no se-

gundo,já que se refere a estrelas...)

CLÁUDIO FELDMAN - autor de mais de 47 livros, professor e poeta.

lua

lua

caqui

caqui

chuva

chuva

borboleta

borboleta

7 de jul. de 2008

BASES LINGÜÍSTICAS DA LITERATURA

Caracteres da Função Literária D´ONOFRIO, Salvatore. Teoria do Texto 1. Ed. Ática. São Paulo: 1992.

Conotação

A linguagem literária, por ser um sistema semiótico secundário que tem como significante o sistema lingüístico, constitui-se num discurso conotado, porque seu plano de expressão já inclui uma siginificação primária. O termo conotação deve ser reservado para sentidos de uma palavra ou de uma expressão que podem existir virtualmente na experiência que temos da coisa designada por essa palavra, ou nas associações que nascem do uso que se faz dessa palavra na linguagem em geral, mas que só se atualizam por seu emprego particular num certo discurso. A conotação é um sentido que só advém à palavra numa dada situação e por referência a um certo contexto (Lefebvre, 34, p.58). É preciso distinguir a conotação poética, ou artística em geral, da conotação de outros sistemas semióticos: a da linguagem jurídica, médica, diplomática, dos marginais, gíria, etc. O sentido conotativo dessas linguagens, uma vez descoberto seu código, torna-se denotativo, por que é unívoco. A linguagem literária, pelo contrário, é sempre polissêmica, ambígua, aberta a várias interpretações. Essa ambigüidade não atinge apenas a mensagem em si, mas também o emissor (ambigüidade entre autor e eu poemático), o destinatário (ambigüidade entre receptor textual e virtual), o referente (ambigüidade entre realidade material e realidade ficcional). O texto literário transforma incessantemente não só as relações que as palavras entretêm consigo mesmas, utilizando-as além dos seus sentidos estritos e além da lógica do discurso usual, mas estabelece com cada leitor relações subjetivas que o tornam um texto móvel (modificante e modificável), capaz mesmo de não conter nenhum sentido definitivo ou incontestável. Um enunciado poético, pela peculiaridade de sua estrutura fônica, rítmica e sintática, sugere várias significações evocando corres- pondências entre termos que se tornam presentes na memória do leitor, associando significantes lingüísticos a significados míticos e ideológicos, elevando ao nível da consciência os anseios do sub-consciente individual e/ou coletivo. Conseqüência do caráter conotativo da linguagem literária é que, para a inteligibilidade ou decodificação de um texto poético, não é suficiente apenas o conhecimento do código lingüístico. Há necessidade do conhecimento de uma pluralidade de códigos: retóricos, místicos, culturais, etc., que estão na base da estrutura artístico-ideológica de uma obra literária. "Essa forma de vida que é a ‘língua’ está sempre e necessariamente inserida em situações sócio-culturais e abarca ‘formas de trabalho’ lingüísticas e não-lingüísticas, que se interpretam mutuamente" (114, p.154).

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Reflexão

A Dança/ Soneto XVII

Não te amo como se fosses rosa de sal, topázio
ou flecha de cravos que propagam o fogo:
amo-te como se amam certas coisas obscuras,
secretamente, entre a sombra e a alma.

Te amo como a planta que não floresce e leva
dentro de si, oculta a luz daquelas flores,
e graças a teu amor vive escuro em meu corpo
o apertado aroma que ascendeu da terra.

Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,
te amo diretamente sem problemas nem orgulho:
assim te amo porque não sei amar de outra maneira,

senão assim deste modo em que não sou nem és
tão perto que tua mão sobre meu peito é minha
tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.

Pablo Neruda
pensador.info


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